Ponto prévio: não tenho particular apreço pela obra do arquitecto Manuel Salgado, sobretudo enquanto urbanista. Acho que estamos perante um urbanista menor, com uma produçao teórica irrelevante. Acho chocante a sua colagem a uma ideia de pretensa paternidade da EXPO-98, na sua pureza original, que a propaganda tornou uma verdade incontestável.
Segundo ponto: As críticas de Carrilho podem ter sido excessivas, num ou noutro aspecto, mas as questões que levantou sobre as incompatibilidades entre o lugar de dono de um importante gabinete de arquitectura, com importantes clientes na cidade, e o de vice-presidente com o pelouro do urbanismo são, para mim, questões sérias. Claro que a venda dio dito gabinete a um testa de ferro não resolve o problema.
António Costa com esta escolha revela sobretudo fragilidades.


 

Pedra do Homem, 2007



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