A crónica de hoje no Público de José Pacheco Pereira com o título "A terceira identidade". Pode-se discordar de Pacheco Pereira em muita coisa mas temos que reconhecer que poucos são capazes de reflectir com tanta clareza sobre a vida interna dos partidos. A análise lúcida sobre a importância dos aparelhos e sobre os seus mecanismos de funcionamento e perpetuação, aplicada ao seu PSD, não encontra paralelo na política portuguesa: Ela não é possível, por exemplo, no PS. Cito um pequeno troço:"(...) os presidentes passam, mas os mesmos homens e mulheres lá ficam agarrados aos seus pequenos e pequeníssimos poderes, nas secções, uns na oposição, outros controlando secções onde funcionam como caciques há longos anos. Todos têm um longo historial de conflitos, agudíssimos pela proximidade, uns contra os outros, aliando-se e zangando-se conforme as conveniências, arregimentando-se atrás da "situação" (a distrital e o seu presidente, ou os autarcas em funções), ou combatendo-a sem descanso.(...)"
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