Nos debates de ontem surgiu a ideia de que a recusa de Carmona se demitir radicaria numa vontade de se recandidatar, ainda que desta vez com base numa candidatura de independentes puros, digamos assim.
Bom, não me parece que existam condições para o engenheiro - inscrito na Ordem, como diria Mário Lino - protagonizar uma candidatura vitoriosa à autarquia da capital. Julgo mesmo que dificilmente seria eleito verador.
Os danos que essa candidatura provocaria no PSD - as sondagens dão conta de que tudo aquilo que aconteceu provocou uma forte erosão na relação entre os lisboetas e o PSD - não me parecem relevantes, mas, por outro lado, essa candidatura abriria a possibilidade ao PSD de se distanciar da ineficácia que caracterizou a actuação de Carmona.
A declaração mais espantosa foi repetida por um "analista político", Raul Vaz de seu nome, que atribuiu tudo o que se passava aos atrasos de Marques Mendes e que este, por isso - sej lá isso o que for - estava obrigado a apresentar um grande candidato à autarquia. Pior só a declaração, injustamente pouco divulgada, de Luís Delgado, um confesso simpatizante de MM, que achava que o líder do PSD tinha que liderar a próxima candidatura a Lisboa do PSD. O Luís embora seja contra a eutanásia estava disposto a abrir uma excepção para o seu querido Marques Mendes. Afectos.


 

Pedra do Homem, 2007



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