As eleições em Lisboa estão marcadas. Dia um de Julho, se a impugnação prometida por Roseta não der resultado, os lisboetas escolhem. Do lado do PS parece que vai avançar António Costa. Do lado o PSD será Fernando Seara se o efeito "Costa" não o atemorizar.
Qualquer um deles será candidato não por terem uma única ideia estimável para Lisboa ou tão pouco por terem alguma vez aspirado ser presidente da Câmara de Lisboa. Nenhum tem um projecto para a capital, nem tempo para o construir. São candidatos, como refere Paulo Gorjão, apenas porque têm notoriedade, seja ela política ou futebolística. Um sinal dos tempos. Destes tempos sem rumo nem esperança.

Adenda: a ditadura dos prazos, e a pressa manifesta da maioria dos partidos, tem duas consequências: não haverá tempo para discutir coisa nenhuma e as candidaturas de independentes podem não passar das intenções, Em ambos os casos é Lisboa que perde ou melhor somos todos nós.


 

Pedra do Homem, 2007



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