A leitura da lista de apoios de António Costa volta a colocar a questão que as imagens da televisão já suscitara: Quem não apoia António Costa?
Numas eleições para a cidade capital do país com problemas fortes de exclusão social, envelhecimento da população, segregação espacial dos mais desfavorecidos, guetização crescente de pobres e ricos - uma obra colectiva em que esquerda e direita dividem os méritos - dir-se-ia que ninguém quis correr o risco de ser excluído.
Faz todo o sentido que António Costa ponha o acento tónico na governabilidade. Com apoios tão abrangentes que sentido faz valorizar o projecto ou as condições para a governabilidade? Basta acenar com as condições de governabilidade, a maioria absoluta, pois claro, que o tempo não está para brincadeiras.
Na lista encontram-se muitos nomes que se julgaria pudessem apoiar Roseta - muitos dos arquitectos do regime - Sá Fernandes ou mesmo o candidato do PSD. Cheira a vitória.


 

Pedra do Homem, 2007



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