O António Pais desafia-me a falar de 5 livros. A capacidade de síntese nunca terá sido o meu forte e o por outro lado tenho tido muita sorte com os livros que me chegam às mãos. Mas se quiser eleger três livros que em momentos diferentes me impressionaram muito, escolho;
"As vinhas da Ira "de John Steinbeck que por volta dos meus treze anos me abriram o caminho para o descobrimento da grande literatura de Steinbeck, Hemingway, Faulkner e outros.
"O Livro do Riso e do Esquecimento" de Milan Kundera, do final dos anos oitenta, com a espantosa fase de Mirek: " a luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento"
Mais recentemente Philip Roth, com a Mancha Humana. Mas qualquer um dos quatro - A Pastoral Americana, O Animal Moribundo e Everyman - que já li, são muito bons.
Reservo dois espaços para duas obras muito indicadas neste período de eleições à porta, em Lisboa.
"La arquitectura de la ciudad global" da arquitecta argentina Zaida Muxi. Edição da GG.
"Les mécanismes fonciers de la ségrégation", uma obra colectiva da ADEF. Muito apropriada para o momento, quando Lisboa está num processo de decisão eleitoral. Lisboa, uma cidade despovoada, segregada a evoluir para o estatuto de uma "não cidade". Uma cidade de guetos de pobres e de ricos.
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