O PÚBLICO noticia que militares da GNR - supostamente uma polícia de segurança pública - mandaram parar uma ambulância que circulava com as luzes de emergência ligadas - facto considerado estranho pelos militares, por razões que nos escapam - e sujeitaram o condutor a textes de alcoolémia.
Como o estúpido do enfarte, que acometia uma das doentes transportadas no interior, não conhecia os procedimentos da GNR não parou enquanto o condutor soprava o balão e se assinavam aqueles papéis, que sempre leva o seu tempo. Resultado: a senhora morreu, sendo inúteis os cuidados que lhe dispensaram no Hospital de destino da fatídica viagem que encontrou a GNR no caminho.
Estranho, neste lamentável episódio, o título do PÚBLICO que reproduzo: "GNR abre processo de averiguações a ambulância retida pela BT com doente que acabou por morrer". Parece aquela ladainha do "quero dez tostões de álcool para a minha avó canforada(...)". A menos que a GNR depois de ter parado a ambulância tenha resolvido agora sujeitá-la a um processo de averiguações. Adivinha-se mais trabalho para o Provedor dos Leitores.


 

Pedra do Homem, 2007



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