"Parece que o tema "aqueceu" ou pelos menos a imprensa está a encontrar nele motivo para encher páginas nestes últimos dias. A preocupação da gestão portuária - das chamadas zonas devolutas ou dizendo que não há interesse portuário sobre elas - está a alastrar por vastos sectores a ela ligados.
Autarquias , como Lisboa, Sines e Oeiras vêm-nos dizer - jornais de hoje(dia 14) - que é preciso "transferir para os municípios as áreas que as Administrações Portuárias possuem mas que não as utilizam"Mas será que não serão precisas no futuro? Quem tal garante? E mostram-nos a "sua bondade" dizendo que não irão contruir nessas áreas. Que vão pôr lá então? Florzinhas? Se não vão contruir deixem-nas ficar sob jurisdição portuária pois só assim será um garante dum futuro desenvolvimento dos portos. Se a construção avançar - o que é óbvio quando se processar a tal transferência - os portos ficam travados (emparedados, atrofiados, dilacerados, etc.) no seu desenvolvimento. Os construtores civis não devem construir à borda de água. Há milhentos factores óbvios para esta recusa. Façam-no no lado oposto aos portos.Eu gostava de estar errado nesta matéria mas infelizmente nada me dá parecer no meu erro. Aguardemos a evolução das discussões que parece terem alertado os especialista do shipping."

Joaquim Silva


 

Pedra do Homem, 2007



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