Foi Manuel Alegre o primeiro a criticar o negócio das estradas. Eis o Estado a que o PS chegou: zero de divergências, zero de debate, zero de opinião. Bom. zero menos Manuel Alegre que lá vai dizendo umas coizitas mas, como neste caso, com um manifesto atraso. Mas saliente-se que o deputado pensa que é legitimo questionar se "não estaremos a regressar a uma espécie de neofeudalismo soba forma de privatização encapotada das Estradas de Portugal." Ou que acha que é "inusitado um prazo tão longo, sejam 75 ou 99 anos, para a entrega da concessão da rede viária nacional".
Alegre pensa da mesma maneira que a generalidade dos cidadãos. Pensa de maneira diferente do Governo, dos defensores intransigentes do Governo, quer chova quer faça sol, do PS - que já não acusa qualquer tipo de actividade política e intelectual mínima - e das famílias que sabem que a (curto) prazo as Estradas lhe cairão no regaço prontas para o festim.
Ainda bem que voltaram em força as famílias que desde sempre vampirizaram o Estado e que o Governo lhe presta tanta vassalagem. O que seria do Estado se elas não existissem?


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats