O artigo de Sarsfield Cabral hoje no Público. Cito: "(...) É verdade que no BCP existiam certos índicios de mau agoiro, como o exagero dos vencimentos dos seus gestores. Mas as operações irregulares agora apontadas são, pela sua gravidade, algo de invulgar entre nós.(...) O mais deprimente desta história é o golpe dado à esperança de que, em Portugal, emergisse gradualmente uma nova classe empresarial, afirmativa e autónoma, menos dependente do secular encosto ao poder político e com algum sentido cívico e ético.(...) Grave, aqui, não é apenas a ânsia de poder dos políticos. Pior é serem accionistas privados a proporcionar esta aproximação do BCP à órbitra estatal. Diz-se que o Banco Espírito Santos tem relações priveligiadas com o poder político(*). Há quem lhe chame o banco do regime. Mas, pelo menos no BES o Estado não manda (talvez o BES mande(**) alguma coisa no Estado, mas essa é outra história). No BCP são os privados a abrir a porta ao regrsso do Estado ao sector bancário.(...)"
Acrescento eu : *) uma tradição que vem de longe; **) manda e não é pouco.
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