Morreu aos 80 anos o jornalista Homero Serpa. Li-o durante décadas no jornal A Bola. Fazia parte de um conjunto notável de jornalistas que faziam do velho jornal da Travessa da Queimada o melhor jornal que se publicava em Portugal. Falo de Vitor Santos, Carlos Pinhão, Aurélio Márcio, Carlos Miranda entre outros.
Homero Serpa dedicava-se muito ao ciclismo mas os seus trabalhos não ficavam presos aos limites estritos do desporto que noticiava ou sobre o qual escrevia. Homero pertenceu a um grupo notável de jornalistas que ligavam o desporto à vida e ao mundo à sua volta. Pertencia a um outro jornalismo de uma outra época em que os príncipios eram inegociáveis. Um tempo em que os jornalistas desportivos intermediavam entre o público anónimo e os atletas e os dirigentes para disporem de espaço e atenção tinham que ser eles próprios exemplos de classe, de ponderação de fair play. Deixo a minha pequena homenagem.
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