A reacção dos nossos governantes ao vendaval que assolou as Bolsas à escala mundial foi de uma inusitada tranquilidade. Mais ou menos pela hora em que as cotações dos títulos eram sugadas para baixo - as do BCP rebolam que se fartam pela escada a baixo, mas as do BES não lhe ficam atrás - o ministro das Finanças anunciava a excelência do défice. O primeiro-ministro colocava o acento tónico na confiança e declarava que a economia do país estava melhor preparada para suportar todas as crises que possam advir. Falava o primeiro-ministro das contas públicas mas não certamente do país. Uma recessão da economia mundial vai trazer mais desemprego, mais pobreza e aí - todos os dados o indicam - a situação dos portugueses nao melhorou , antes pelo contrário: com José Sócrates aumentou o desemprego, aumentou a desigualdade na distribuição dos rendimentos, aumentou o esforço fiscal dos mais fracos. A maioria dos portugueses empobreceu enquanto uma minoria nunca viveu tão bem.
O País não está em condições de suportar uma recessão. Vamos a ver se a coisa se resolve com confiança à moda do primeiro-ministro.
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