Os gestores do BCP - esses modelos de virtudes várias - decidiram presentear o dr. Paulo Teixeira Pinto com uma modesta reforma vitalícia de 35000 euros mensais - 14 meses por ano. Isto a juntar a uma indemnização de 10 milhões de euros, pagos à cabeça, pelos serviços relevantes prestados à instituição.
O Dr. PTP conduziu aquela famosa OPA sobre o BPI que custou rios de dinheiro ao BCP e que permitiu conquistar uns míseros 3 ou 4% dos accionistas para o seu lado. Um fiasco em toda a linha. Claro que um banco que pratica actos de gestão desta natureza mostra que não tem respeito pelo dinheiro dos seus depositantes. Afinal as taxas e os juros cobrados aos clientes servem para pagar estas vergonhas.
Ma o que interessa aqui salientar é que esta gente - cuja gula e cuja voracidade não conhece limites - usa o discurso político apenas para enganar os parolos. Os critérios da meritocracia aplicam-se apenas aos outros e servem para legitimar a selvática diminuição de direitos dos trabalhadores. Quando se trata dos seus privilégios, de casta acima da lei, a voracidade não tem limites. Uma dupla moral muito adequada a quem não tem moral nenhuma.
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