afinal não eram só louvores a julgar pelas escutas. "Passámos lá a noite" terás afirmado, cansado mas satisfeito, o assessor de Telmo Correia, menos dado a indecisões hamletianas, para citar Abel Pinheiro.
Um dia ainda vão todos agradecer ao Espírito Santo ter-se sabido tudo isto. Não fossem as escutas do caso Portucuale e pensar-se-ia que era tudo gente séria, acima de qualquer suspeita.

Adenda: parece que Paulo Portas anunciou, com pompa e circunstância, que vai processar judicialmente o ministro da Agricultura por ofensas. Feita a necesária pesquisa descobre-se que o ministro falou de calotes políticas referindo-se às trapalhadas - bem sei que é uma expressão manifestamente benigna - em que o CDS de Portas se envolveu, de livre vontade e com perfeito conhecimento do que estava a fazer, como acontece com as pessoas e as instituições crescidas e responsáveis. Alguém sabe porque razão utiliza Portas a palavra insinuações? e Porque processou apenas o ministro de agricultura, um titular de um cargo político?
Quer-me parecer que o táxi não aguenta muito mais tempo este estado de coisas.


 

Pedra do Homem, 2007



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