O barómetro político da Marktest não deixa grandes margens para dúvidas. O PSD tende para os 30% de intenções de voto, enquanto o PS, a recuperar eleitores no último mês, ainda se mantêm longe dos 40%, ele que durante anos se situou à volta dos 45% de intenções de voto. Recorde-se que em 2005 o PS obteve 45,05% dos votos.
Nos restantes partidos, enquanto o PCP mantêm o terceiro lugar e um resultado acima dos 12% o BE ultrapassa os 10%. O CDS vitimado pela errática liderança de Portas e pelas revelações públicas dos escândalos que protagonizou encolhe militantemente dentro do táxi.
Menezes pode mudar de opinião todas as semanas, dizer e desdizer-se, que parece claro que os que acreditam neste PSD tendem a diminuir. À esquerda do PS o conjunto das intenções de voto situa-se acima dos 20% mas parece estar próximo o limite superior de crescimento. O PS, indexado ao Governo, não consegue voltar aos tempos da maioria absoluta ou quase. O tempo das maiorias absolutas estará a esgotar-se?
Adenda: Com a emagrecimento da direita e o afastamento do PS relativamente aos números da maioria absoluta pode perguntar-se onde perde o PS votos e a maioria absoluta?
Parece claro que o PS da maioria absoluta de 2005 é pposto em causa sobretudo pela sua esquerda. Os cerca de 7% que desistem de votar no PS equivalem no essencial aos cerca de 9% que PC e BE crescem em conjunto. Será que com as medidas de última hora do Governo, Sócrates consegue inverter esta tendência ou o PS terá que negociar depois de 2009 uma maioria de base parlamentar? Quem nos dera que assim fosse, digo eu, na expectativa de que ela só seja viável se negociada à esquerda. É que para pior já basta assim.
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