Para além da perplexidade maior de o GISA ser um Plano destinado a "implementar um sistema global de risco ambiental causado pelo impacto da poluição atmosférica na saúde pública, na região do Litoral Alentejano.(...)" que apenas estará em condições, supõe-se, de ser utilizado em 2011, e cujos promotores entenderam, por bem, desprezar a avaliação da situação actual, a famosa situação de partida, em termos da caracterização das alterações verificadas quer ao nível do tipo de doenças e da sua prevalência quer ao nível da mortalidade a elas associadas, o GISA reserva-nos outras perplexidades. Por exemplo a Tarefa 2 que trata da "Utilização de bioindicdores da poluição atmosférica para avaliar o seu impacto na saúde pública" tem como objectivo "demonstrar que os dados de biodiversidade dos bioindicadores podem ser usados para estimar o impacte da poluição atmosféricana saúde humana".
Mas estarão a brincar connosco? Então esse objectivo não era o do projecto SinesBioar que decorreu até 2004? Não ficou claro nesse estudo a situação de stress ambiental que os líquenes evidenciavam na zona de Sines e até o desaparecimento dos líquenes ele próprio um sinal e uma consequência da poluição industrial?
Podia-se esperar que neste projecto se concretizasse uma actuação de prevenção e de medição dos impactos baseada nos boindicadores mas ainda se está a pretender demonstrar a validade deste método. Estão a gozar connosco.
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