Hoje de manhã quando comprei o jornal li na primeira página que a drª Manuela Ferreira Leite ia candidatar-se à liderança do PSD. Fiquei a saber que o PSD já não tinha líder. O homem demitira-se a horas tardias e eu, como a generalidade de todos nós, não sabiamos de nada.
Um partido como o PSD pode resistir a um líder como Menezes mas não resiste às ondas de choque provocadas pelas diatribes de um "cangalheiro"- na versão Inimigo Público - com provas dadas, como Rui Gomes da Silva. Ainda segundo o Público, Menezes, no seu primeiro discurso de campanha - as coisas que acontecem numa só noite - estava acompanhado pelo seu vice-presidente que, pelos vistos, quer acompanhar de perto a conclusão da sua obra.
Quanto à drª Manuela não me parece que vá avançar. O país não quer mais conversa austera e ríspida sobre fantasmas e pesadelos, ainda por cima quando depois se vem a saber que a dose apesar de forte não era a mais indicada para a doença de que o país padecia. O país necessita de quem dinamize a economia, combata firmemente o desemprego, diminua a captura do Estado pelos interesses, altere radicalmente a desigualdade na distribuição da riqueza e liberte a sociedade civil do peso da partidocracia e da ingerência do Estado em áreas em que o Estado não deve intervir. Não me parece que esse seja um projecto para a Drª Manuela nem para o PSD. Estão mais talhados para a revisão da Constituição, a diminuição do peso do Estado na Economia, seja lá isso o que for, e outras "urgências".
Mas o que este episódio vem mais uma vez evidenciar é que mesmo líderes partidários eleitos com maiorias albanezas não passam de líderes frágeis de partidos frágeis. Sobretudo se esses partidos estiverem na oposição e tiverem dirigentes da estirpe do afamado Rui Gomes da Silva.
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