O acordo entre os sindicatos dos professores e o ministério é um acordo importante. Permite que se tirem duas conclusões, ambas relevantes: a primeira é a de que o Governo não foi insensível à contestação das suas politicas e que depois de muita arrogância e da manifestação pública da sua irredutibilidade, reconheceu a necessidade de mudar de posição; a segunda é a de que quando uma classe profissional se une e se manifesta, na rua esse lugar da democracia, em defesa dos seus legítimos interesses, a força dessa unidade faz recuar mesmo os Governos aparentemente mais poderosos.
Os comentários das forças politicas, naturalmente, salientaram a derrota do Governo em diferentes tons consoante a orientação política. Mas enquanto à esquerda se criticou a posição inical do Governo de hostilidade para com os professores, aplaudindo a mudança/cedência, à direita, Luís Filipe Menezes optou por criticar o Governo por ter recuado entendendo o acordo como "mais um sinal de recuo e da capitulação do Governo". Mas afinal o que é que queriam?
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