A crónica de hoje de Vasco Pulido Valente sobre as candidaturas em disputa no PSD. Cito: " A parte conservadora do PSD já resolveu o seu problema: Manuela Ferreira Leite é apoiada e une toda a gente. É também se ganhar uma solução provisória. Mas, neste momento, basta impedir que o populismo tome definitivamente conta do partido.(...) No meio deste deserto, não há de repente ninguém senão Santana Lopes, que na Assembleia da República adquiriu uma espécie de nova virgindade. É uma tentação para as tropas, sem cabeça, do populismo e um perigo para Manuela Ferreira Leite. Ainda não nos livrámos dele."

Interessante a análise da candidatura de Passos Coelho. Como se sabe o ex-dirigente da juventude social-democrata anunciou a apresentação na próxima terça-feira de uma carta de dez príncipios a desenvolver com a colabotração da sociedade civil. Passos Coelho tem aparecido regularmente na televisão a emitir as suas opiniões sobre a actualidade política. Assim, sem mais, surgido do vazio e logo tornado presença constante nas emissões televisivas. Essas aparições ajudaram a dar uma imagem de falta de qualquer resquício de interesse. Passos Coelho fala e passados uns minutos ninguém se lembra de uma única apalavra que ele disse.
Mas o melhor é citar Vasco Pulido Valente que é demolidor e rigoroso: "Pedro Passos Coelho tenta aliciar a máquina do partido e até fez do filho de Menezes mandatário para a juventude, um gesto inominável que só serve para demonstrar a sua aflição e uma falta de escrúpulos que, sinceramente, não se esperava dele. De resto , sendo simpático, PedroPassos Coelho não é mais nada. Arrasta consigo um currículo vazio: vazio de experiência profissional, de experiência autárquica, de experiência governativa. Um homem assim cheira a "último recurso" e não pode dirigir a oposição ou designar, como certos lunáticos sugerem, o primeiro-ministro. Eleito instalaria imediatamente o caos."


 

Pedra do Homem, 2007



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