... até à vitória final. Os eurocratas já sabem como ultrapassar a negativa suiça: forçá-los a fazer um novo referendo. Caso os rapazes insistam na negativa imagina-se que as cabeças vazias de Barroso e dos seus acólitos optem por uma solução criativa: fazer outro e outro referendo.
Barroso, depois de anos a combater o social-fascismo, mostra que incorporou a tenacidade que sempre caracterizou os revisionistas que, como dizia a canção, estavam sempre dispostos a lutar pela causa do povo até à vitória final, mesmo que ela nunca chegasse. Neste caso a vitória final terá que chegar mais cedo ou mais tarde sob pena de os irlandeses serem submetidos a uma dose letal de referendos.

PS- A maior contribuição teórica para ultrapassar este impasse foi dada pelo nosso engenheiro. Afirmou ele, depois de se recompor do grande precalço político que sofreu, que aqueles que decretaram o fim da Europa tinham exagerado de forma manifesta. É mais fácil justificar as ilegalidades que se pretende cometer e a falta de respeito pelo voto livremente expresso dos irlandeses quando se reduzem as coisas a uma visão dicotómica entre o bem e o mal. Com a vantagem de que não são necessários mais do que dois neurónios para elaborar uma tão profunda teoria.


 

Pedra do Homem, 2007



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