No Brasil foi aprovada legislação que proíbe o nepotismo a partir de uma determinação do "Supremo Tribunal Federal que proibiu a contratação de parentes por autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, estadual e municipal".
Alguns deputados - que vivem habituados ao esquema de colocar familiares próximos em lugares dos seus gabinetes - tiveram a peregrina ideia de solicitar o estabelecimento de uma "cota" para os seus familiares. A proposta foi recusada e o conceito de nepotismo foi mesmo alargado de forma a impedir o "chamado nepotismo cruzado, em que um agente público emprega parentes de outro, recebendo o mesmo favor em troca. A ordem vale para familiares até terceiro grau".
O Brasil dá um passo forte no sentido de tornar a Administração Pública menos sensível à corrupção. Imagine-se que esta proposta era aprovada em Portugal. Milhares de pessoas, coitadas, iriam para o desemprego ou, no mínimo, veriam os seus rendimentos diminuídos em função das suas competências, tendo que largar os "lugares políticos" que desemepenham nos gabinetes dos entes-queridos.
Ganhavam aqueles que, apesar da sua competência, não conseguem aceder a lugares preenchidos por critérios de compadrio, de cosanguinidade, de familiriedade em suma critérios do mais descarado nepotismo.
Na Administração Pública e sobretudo nas autarquias ia haver muita gente a ter que ceder os lugares ocupados por esses vis critérios.
Você, conhece alguém nessa situação?


 

Pedra do Homem, 2007



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