"Autoridade da Concorrência tem defendido o "statu quo". quem o diz é o gestor da petrolífera da Gulbenkian que respondeu a três perguntas fundamentais feitas pela jornalista Lurdes Ferreira. Cito algumas das respostas: "(...) Por parte da Autoridade da Concorrência (AdC), a sua atitude perante a Assembleia da República tem sido a de justificação do statu quo e de mexer o menos possível.(...) A AdC teve uma intervenção ineficaz, não funciona. O trabalho de acompanhamento do sector dos combustíveis tem de ser feito dia-a-dia. A regulação das actividades económicas e financeiras tem de ser repensada. A mão invisível de Adam Smith, afinal, não está lá, a auto-regulação conduz a muitos problemas. [ pois é, estamos no domínio da auto-regulação, no domínio da cartelização pura e durao]. (...) Também a taxa Robin dos Bosques [proposta pelo Governo] é um erro tremendo, ao mexer na estabilidade fiscal. [trata-se de uma medida que, como diz Francisco Louçã, legaliza a especulação] Em situações de grande volatilidade, os efeitos pós-imposto podem ser contrários e as receitas menores. É uma medida para ter impacto político, mas é um erro técnico grosseiro.(...) Se a janela de três dias [período de tempo de referência em relação ao mercado internacional que as petrolíferas passaram a usar para actualizar os preços em Portugal] era válida para a subida, também tem de o ser para a descida. (...) Se tomarmos o índice Platts [de produtos refinados, que serve de referência para a fixação de preços ao consumidor], verificamos que os preços portugueses aumentam o seu diferencial de ano para ano. Em 2007, era de 13 cêntimos a mais no gasóleo e 10 cêntimos na gasolina. Este ano, vai respectivamente em 16 e 14 cêntimos."
Etiquetas: Economia.Especulação