No número de Setembro do Le Monde Diplomatique continua-se um conjunto de "abordagens críticas regulares às várias dimensões das desigualdades na sociedade portuguesa" que tinham sido inauguradas em Agosto com uma recensão de Renato Carmo.
Neste número cabe a vez ao economista Carlos Farinha Rodrigues, autor do trabalho "Distribuição do Rendimento, Desigualdade e Pobreza -Portugal nos Anos 90" de reflectir sobre a desigualdad eeconómca em Portugal. A não perder. Cito: " Portugal é o segundo país com maior nível de desigualdade na União Europeia, apenas suplantado pela Letónia. O índice de GINI assume um valor de 0,38, bem acima da União Europeia, que é de 0,30. Se em vez do índice de Gini utilizarmos o indicador S80/S20, a posição relativa de Portugal não se altera. O rácio entre a proporção do rendimento auferido pelos 20% mais ricos e os 20% mais pobres é de 6,8 enquanto a média da União Europeia é de 4,8."
No mesmo artigo são fornecidos dados relativos à proporção do Rendimento Total auferida pelo quintis da população. assim o quintil correspondente aos 20% mais ricos mantêm-se estáveis auferindo em 1994, 42,7 % do rendimento total e em 2005, 42,8 desse rendimento. Quanto ao quintil mais pobre não passa da cepa torta vendo os seus rendimentos variarem no mesmo período entre 7,4 % e 7,7 % desse mesmo rendimento. Durante este período tivemos maioritariamente governos socialistas eleitos com o voto predominantemente da esquerda o que dá que pensar.
Outra conclusão que estes dados nos permite tirar é a de que a sociedade que temos estado a construir tem um modelo que nos seus traços essenciais permanece estável. Alguém se poderá surpreender se dissermos que a desigualdade social é uma das amrcas desta sociedade que temos estado a construir?.


 

Pedra do Homem, 2007



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