é este o título da crónica de Daniel Sampaio este domingo na Pública. Cito: "A assinalar o ínicio do ano lectivo, cerca de 20 membros do Governo distribuíram em escolas diplomas do 12º ano, numa operação de propaganda sem precedentes; e o Ministério da Educação (ME) reafirmou o seu desejo de premiar com 500 euros o melhor aluno de cada estabelecimento de ensino.(...) Quero deixar bem clara a minha posição: é muito bom que existam mais alunos a estudar e fico contente que aconteçam menos reprovações.(...) A questão essncial é outra.Interessa saber se a melhoria numérica se traduz por um aumento das competências dos estudantes, avaliadas de modo objectivo nos diversos contextos.(...) Quanto ao prémio de 500 euros (uma quantia conhecida por ser o símbolo da precariedadedo trabalho juvenil...), penso o seguinte: concordo que se introduza a questão do mérito, porque a ideia de uma "escola de afectos" - onde escrever com erros ou errar nas contas não tinha importância - não faz sentido, mas é preciso ser prudente quando se trabalha com jovens. Que valores se estão a transmitir? Que significa ser o "melhor" numa escola com várias culturas? As oportunidades para chegar ao topo foram comparáveis?(...) Ao distribuir cheques de 500 euros, o Governo premeia o "produto", em vez do de incentivar a pessoa. Estimula uma competição onde as regras não são iguais à partida. Gratifica o número do "resultado", sem olhar para o percurso. Em derradeira análise, elogia quem parece cortar a meta em primeiro lugar, sem olhar para os meios de que se serviu "o vencendor", nem para as vicissitudes dos "vencidos". E chamam a isto "educar"...."
Não se escreveu nada assim sobre a peregrina ideia de Sócrates e da sua ministra preferida de introduzir este prémio aos alunos que obtenham melhores resultados. Certamente na cabeça de Sócrates a desigualdade social não existe pois se assim fosse seriam outras as políticas do seu governo.
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