"PS reafirma apoio à ministra da Educação e à reforma da avaliação".
A reunião da comissão nacional do PS e depois a adenda da reunião com alguns professores socialistas serviu mais uma vez para Sócrates, e o seu camarada Vitalino, voltar a debitar as frases que, invariavelmente, todos os membros do Governo envolvidos nesta questão repetem had nauseum: "o Governo não está disposto a esperar mais 30 anos até que seja aplicado um modelo de avaliação dos professores", pretendendo ignorar que a contestação é a este modelo; "Os sindicatos são arrogantes e intransigentes", pretendendo ignorar que os professores manifestam uma unidade e uma posição de tal modo convicta de recusa deste modelo, que os sindicatos não têm qualquer margem emanobra para defender outra coisa que não seja a sua recusa. Provavelmente nunca como neste processo os sindicatos foram tão instrumentais do cumprimento da vontade dos seus associados.
Mas sobre este comportamento do Governo e em particular do Primeiro-Ministro e da sua Ministra da Educação - eu sempre tive uma grande simpatia pelo incomparável Pedreira, que agora se revela em todo o seu esplendor - vale a pena ler o que escreveu o filósofo José Gil na Visão de 2-10-2008 (pode ler aqui) de que cito esta passagem:
"(...) No processo de domesticação da sociedade, a teimosia do primeiro-ministro e da sua ministra da Educação representam muito mais do que simples traços psicológicos. São técnicas terríveis de dominação, de castração e de esmagamento, e de fabricação de subjectividades obedientes. Conviria chamar a este macanismo tão eficaz, "a desactivação da acção". É a não-inscrição elevada ao estatuto sofisticado de uma técnica política. à maneira de certo processos psicóticos."
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