"Bomba israelita explode no centro da cidade de Gaza"
O final do ano fica marcado pela acção criminosa dos israelitas contra o território de Gaza a pretexto dos rockets enviados pelo Hamas sobre o seu território. O momento de maior cinismo, mesmo de uma enorme crueldade, foi a declaração de Tzipi Livni de "que não há necessidade de uma trégua por motivos humanitários na Faixa de Gaza por não haver crise humanitária na região".
Os políticos israelitas habituaram-se a utilizar a actuação dos grupos extremistas como pretexto para actuações violentas em função do seu calendário eleitoral e das suas necessidades eleitorais pontuais. É isso que condiciona a forma mais ou menos violenta das intervenções e é isso que os impede de escutarem a pressão que as organizações internacionais fazem no sentido do cessar fogo. Recusam-se, no entanto, a discutir as razões pelas quais grupos como o Hamas têm o apoio que têm entre a população. Porque será que a população de Gaza encara Israel como o seu inimigo principal? Que condições de vida estão reservadas a essas pessoas e qual a responsabilidade de Israel nesse facto? Será que Gaza é unm território livre e será que Israel tem feito aquilo que é recomendado pelas diferentes instituições internacionais?
Desde 2001 os rockets do Hamas mataram 23 israelitas enquanto que desde que a operação se iniciou, e antes do arranque da invasão terrestre, já tinham morrido mais de 430 palestinianos.
Dizer que esses 430 não incluiam civis mostra bem a hipocrisia de que a senhora Tzipi Livni é capaz.


 

Pedra do Homem, 2007



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