Fernando Ulrich pede mais reflexão no combate à crise e quer saber o que se passou no Freeport
No dia em que José Sócrates falou ao País. aproveitando o palco do congresso do seu partido eficientemente esvaziado de qualquer debate político, para repetir o mesmo conjunto de banalidades com que nos tem massacrado ao longo de meses, no dia em que Almeida Santos proferiu um discurso sobre o perfil de José Sócrates que de tão laudatório e despropositado presumo que terá mesmo feito corar o grande líder, coube a Fernando Ulrich dizer algumas coisas sérias e corajosas que no congresso do PS não podem ser ditas.
Em primeiro lugar a referência à forma como se efectua o licenciamento urbanístico, que considerou inaceitável e a propósito o desejo de serem prestados todos os esclarecimentos sobre como foi possível licenciar o Freeport naquela situação concreta, depois a necessidade de haver uma ética na actividade política e na sua relação com os negócios, a necessidade de serem mais taxados ao nível do IRS aqueles que mais ganham e em sede de IRC as empresas que mais lucros obtêm e a importância da tranparência na vida pública.

Que significado político terá o facto de o líder de um partido político e chefe de um governo legítimo no pleno exercício das suas funções ter ocupado parte do seu discurso a falar de campanhas negras contra si e a fazer declarações que identificam os orgãos de comunicação social como seus inimigos?


 

Pedra do Homem, 2007



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