Bayern goleia Sporting (5-0) e impõe pior derrota dos "leões" na Liga dos Campeões
Paulo Bento declarou repetidamente que o Bayern era favorito. Este momento raro de psicologia alternativa não podia ficar sem consequências: o Sporting mostrou, a jogar em casa, uma capacidade de sofrer golos sem paralelo nesta fase da Liga dos Campeões. Poucas equipas se podem gabar de chegar a este nível e papar cinco golos na sua própria casa, logo para começar a eliminatória. São necessárias muitas horas de treino e muita concentração para obter resultados deste nível.
Paulo Bento fez os possíveis e os impossíveis para obter este resultado. Trabalhou muito, há que reconhecê-lo. Depois da brilhante exibição contra os rivais da segunda circular - nenhum jogador do Benfica teria lugar na equipa do Bayern - Paulo Bento fez as alterações cirúrgicas, estratégicas, que permitiram reduzir a equipa a cacos.
Achei bem a entrada de Tonel, mas o Caneira que utilidade tem este jogador que salta e fica um palmo abaixo do Luca Toni com os pés no chão e que não conduziu um único ataque pelo seu corredor? E o Romagnolli, meu Deus que pobreza. E a entrada do Bruno Pereirinha, já com duas ou três no papo, para jogar a lateral direito não fosse o rapaz engatar uma jogada daquelas de ir à linha e cruzar com olhinhos. A gestão psicológica do Paulo Bento pode muito bem ser analisada pelo tratamento que ele dá ao Pereirinha: sempre que o rapaz joga muito bem é certo e sabido que acaba no banco no próximo jogo. E o Abel desde o príncipio a ver jogar o Ribery e o Pedro Silva que tão bem tinha jogado contra o Benfica a descansar? Eu gosto do Abel e do Romagnolli mas não é óbvio que não estão em forma? O segundo golo do Bayern foi metido com a barriga com o Abel especado a ver a execução barrigal do Klose.
Mas o pior é o discurso saloio dos favoritos são os outros e aquela falta de convicção e a incapacidade para mostrar ambição.
O Sporting necessita de eleições e de um novo treinador. Necessita de um presidente que saiba o número de telefone do Jorge Jesus antes que o Pinto da Costa lhe deite as mãos.


 

Pedra do Homem, 2007



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