Governo não vai assumir responsabilidades do BPP perante “grandes fortunas”
De acordo com os padrões do Governo esta medida inscreve-se numa linha de actuação que sempre recusou e que lhe foi exigida pelas diferentes oposições. A sua intervenção no BPP, por si considerada fundamental para garantir não só a estabilidade do sistema financeiro como até, psme-se, para assegurar a imagem exterior do Estado - lembram-se da inocente manchete do Expresso? - veio agora, finalmente, ser mitigada.
Claro que o Governo não recuou totalmente, apenas e só, face à manifesta oposição da população a esta intervenção sem sentido, resolveu recuar usando os argumentos dos que mais criticaram a aventura BPP. O Governo passou a fazer como dizem os por si chamados "descritores da crise" e esqueceu a arrogância "dos que actuam em situação de crise", com que se tinha mascarado.
Vai agora garantir os depósitos dos cidadãos inocentes e ignorar os problemas - que são deles e não nossos - dos accionistas e dos que, na feliz expressão de Louçã, jogavam as suas fortunas no casino internacional.
Fica-nos a dúvida da actualização que o banco fez dos 400 milhões que o Governo já nele injectou. Quem nos dá essa explicação?


 

Pedra do Homem, 2007



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