... a democracia é uma coisa chata. Por isso, qualquer pessoa de bem compreende que o Presidente da CGD [tenha ficado] desagradado pelo negócio com Cimpor ter vindo a público.
Noutro tipo de regime, sem liberdade de imprensa por exemplo, isso não seria possível: apenas seriam divulgadas notícias com o prévio consentimento dos envolvidos. Imaginamos que nunca se saberiam coisas destas, respeitar-se-ia contra tudo e contra todos o tal sigilo bancário e nunca, mas nunca, se discutiriam assuntos destes na praça pública.
São matérias que devem ficar no segredo dos gabinetes apenas conhecidas dos poderosos e dos beneficiados e a praça sendo pública não parece um local recomendável para o senhor Presidente da CGD.
Mas que raio de ideia tem Faria de Oliveira do regime democrático? Porque será que não devem os jornais divulgar este tipo de notícias?
Como será possível o Banco Público tomar decisões destas em que um cliente é beneficiado em condições que ninguém consegue entender mas que parece lesarem o interesse público e o presidente da instituição não dar explicações cabais não só à tutela mas igualmente aos contribuintes, isto é ao País?


 

Pedra do Homem, 2007



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