La Seda estável na bolsa apesar dos maus resultados financeiros
A fábrica que a Artenius veio construir em Sines foi um dos investimentos mais badalados pelo Governo do PS. Tratava-se de um exemplo do "investimento estrangeiro" sinal da confiança dos investidores na economia portuguesa, como gosta de dizer o primeiro-ministro. Sócrates, que lançou a primeira-pedra, disse na altura que este era “Um projecto de importância maior para o crescimento da economia portuguesa e para o emprego” tendo depois acrescentado que este projecto faria de "Sines um cluster petroquímico no contexto europeu e mundial”.
A Artenius prometia 150 postos de trabalho directos e 200 indirectos, sendo que dos directos 51 eram engenheiros e bacharéis, e o ínicio da laboração para 2010.
O investimento em Sines era da ordem dos 380 milhões de euros e, sabe-se agora, a Caixa Geral de Depósitos investiu na La Seda, 400 milhões de euros, sendo que a empresa beneficiou de ajudas do Estado Português, ao que penso traduzidas em benefícios fiscais, que salvo erro são de perto de 100 milhões de euros.
Soube-se, entretanto, que a empresa mãe, a La Seda, está de pantanas ou pouco menos. Sabe-se também, embora isso não saia nas notícias, que a obra em Sines está parada e que os trabalhadores envolvidos na construção, cerca de 300, já foram despedidos pelos empreiteiros e sub-empreiteiros que viram os trabalhos interrompidos. Sabe-se que a dita fábrica parou nos trabalhos de construção da estrutura. Em simultâneo podemos ler no Público que é devido a este projecto que a "CGD considera o seu interesse na LSB “estratégico”. A fábrica, avaliada em 400 milhões de euros, deverá começar a laborar em 2010 mas a sua construção está já atrasada cinco meses".
Seria possível explicar melhor esta história, começando talvez por perguntar ao Ministro da Economia o que se está realmente a passar?


 

Pedra do Homem, 2007



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