A UE vai propor uma taxa mundial sobre as transacções financeiras
As medidas ou propostas de medidas sucedem-se. Depois de meter a mão nos bolsos dos pobres banqueiros resolveram recuperar a ideia da taxa Tobin ou algo semelhante para conseguirem aliviar os efeitos neastos da crise do neoliberalismo. Lmbram-se de quem sempre defendeu a necessidade de taxar os movimentos de capitais, tributando sobretudo a especulação de curto prazo? Pois é foram os esquerdistas. Acusados de quererem provocar a fuga de capitais, como se a suposta liberdade de que beneficiavam não determinasse a sua fuga especulatva que é o que significa a acumulação privada chocante que os retira da economia.
Bom por este andar ainda se resolvem a encarar a sério a necessidade de se por fim aos offshores e de, por essa via, recuperar as verbas colossais que para aí são desviadas e que ultrapassam em muito todos os apoios mobilizados a nível mundial para combater os efeitos da crise.
O problema da crise é sobretudo um problema político. Um problema de políticas erradas particularmente as políticas neoliberais que tiveram no consenso de Washington, e de certa maneira no PEC, a sua máxima expressão. Curiosamente a UE vai pedir ao FMI - o grande ideólogo e fiscalzador mor da implementação do neoliberalismo a nível mundial e defensor ad nauseum da desregulamentação e liberalização dosmercados financeiros - que ajude a matar o seu filho mais querido, grandes sacanas, isso não se faz. Um problema de más soluções políticas para ultrapassar a crise de que os países da UE, incluindo Portugal, são a prova com o aceno tónico no apoio ao sistema bancário, socializando os seus prejuzos, e deixando a cada um, mais ou menos a seu cargo, a responsabilidade de arcarem com as consequências do aumento das taxas de juro numa primeira fase e com o desemprego numa fase posterior embora com as taxas já em queda.


 

Pedra do Homem, 2007



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