É uma fartura. Chovem projectos estruturantes por tudo o que é concelho deste País à beira-mar plantado. É nas matas de Sesimbra, é junto das praias de Melides, é na Azóia de Baixo,em Santarém. Onde existir um metro quadrado de terreno rústico com um palminho de vista lá vem um projecto estruturante. O chato é quando existem sobreiros nos terrenos. É que isso obriga a um despacho do ministro. Uma coisa mais custosa.
Alguns autarcas, cujos concelhos não foram objecto da "dinâmica estruturante" dos promotores imobiliários, estarão reunidos, por esta altura, à margem da ANMP. Querem constituir uma "liga dos concelhos vítimas de uma discriminação negativa estruturante". O seu objectivo é obterem da Administração Central uma justa compensação pelo facto de os seus terrenos rústicos não terem sido objecto de nenhum pedido de mudança de uso por parte de um qualquer promotor imobiliário, de preferência do novo tipo, daqueles com as iniciais WWF e montes de preocupações ambientais.
Uma segunda organização parece estar a nascer. Trata-se de um grupo de autarcas reunidos sob o lema "Tirem-nos daqui estes sobreiros que nos desestruturam os concelhos". A sede deverá ser em Benavente e José Ganhão, actual presidente da Câmara, pode vir a ser o seu primeiro presidente.


 

Pedra do Homem, 2007



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