Marques Mendes meteu-se numa alhada. Resolveu, mal assessorado, votar contra o Orçamento Geral de Estado para 2006. Um Orçamento que, de acordo com a generalidade dos comentadores mais à direita, procura cortar na despesa pública e reduzir o défice público, recorrendo para isso a opções que o PSD não desdenhou quando teve que fazer o mesmo. Por exemplo o aumento dos impostos, em particular sobre os reformados, concentrando o essencial do esforço no aumento da receita.
Empolgado com a crítica possível a partir das opções TGV e OTA - uma versão minimalista das opções espanholas do governo de Durão- Portas a que Marques Mendes pertencia - sujeitou-se a apanhar uma coça de Sócrates. Perdeu sem honra e sem glória.
Se toda a direita aplaude o orçamento, é histórico o reconhecimento da direita sempre que o PS governa com pragmatismo e rigôr, por que razão não se absteve Marques Mendes? Depois admira-se do engenheiro Belmiro querer Cavaco na Presidência e Sócrates no Governo.


 

Pedra do Homem, 2007



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