Já caiu o silêncio e o esquecimento sobre esta questão. É sempre assim com a voragem imposta pela urgência das novas notícias. Como aqui escrevi interessa visitar os argumentos dos que defendem a construção de um novo aeroporto mas apresentam diferentes soluções para a sua localização.
Uma das discussões mais interessantes sobre as duas localizações tem a ver com a análise das dinâmicas de crescimento que se podem detectar na Área Metropolitana de Lisboa (AML). Como é do conhecimento geral foi recentemente aprovado o Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML).
Para alguns o crescimento da AML está orientado para Sul o que aconselharia a localização em Rio Frio. Esta posição é corroborada pela necessidade de incentivar o crescimento económico da zona sul que poderia ser potenciado pela proximidade entre o novo aeroporto e os portos de Lisboa, Setúbal e Sines. Para outros o crescimento nos últimos anos tem sido sobretudo para oeste, na direcção dos concelhos de Mafra, Torres Vedras e Óbidos. Por outro lado a localização na OTA potencia o crescimento da zona centro que integra algumas das cidades mais dinâmicas na rede urbana nacional, Leiria, Coimbra e Aveiro, cujo potencial de crescimento poderá ser muito estimulado com a OTA.
Os defensores de Rio Frio argumentam com as fragilidades colocadas pela opção OTA quer pelos limites à expansão do aeroporto quer pelos custos acrescidos em termos de investimento inicial. Os defensores da solução OTA realçam a necessidade de construir uma nova ponte para ligar o aeroporto internacional à Área Metropolitana de Lisboa Norte como uma fragilidade da solução Rio Frio. Por outro lado a localização OTA ficará perto de principal eixo ferroviário nacional sendo facilmente integrável nesse eixo rentabilizando-o já que eventualmente ele perderá passageiros com o TGV.


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats