Já aqui escrevi a esclarecer a minha posição. Sou claramente a favor de uma solução minimalista que passa pela ligação Lisboa-Madrid. O resto é um erro claro que o País não suporta. Percebo, no entanto, que para Sócrates optar por esta solução- que inclui uma bizarra ligação ao Porto - é manifestação de uma grande coragem face aos desmandos populistas da solução Barroso-Aznar e à óbvia pressão dos barões socialistas do Norte, no mesmo sentido. Mas fazia falta mais coragem e capacidade para assumir que Lisboa-Madrid é o limite. Recordo o mapa da Europa distorcido pelo factor tempo que aqui mostrei.
No entanto estas obras não significam desenvolvimento para o país. Elas constituem uma oportunidade para não agudizar as condições de exclusão de Portugal no contexto Europeu. São condições necessárias mas não suficientes para o desenvolvimento. Falta toda a aposta nos factores imateriais do desenvolvimento - a qualificação, a inovação, a competitividade, o combate à corrupção, o combate ao clientelismo partidário, sobretudo na administração local. E essa aposta passa pela vontade política não se resolve com dinheiro. É muito mais dificil.


 

Pedra do Homem, 2007



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