imagem retirada do site da Colecção Berardo/posters

O Dia de Reis é uma daquelas datas que se comemora mais por tradição do que por fundamento histórico.
No Evangelho Segundo São Mateus, os Reis Magos são sábios que vieram do Oriente, guiados por uma estrela guia, para adorar o Deus Menino, em Belém.
Aos Reis Magos, representantes de outros povos da Terra, atribui-se uma tentativa do cristianismo em congregar a Humanidade na adoração de um só Deus.
Apesar de ser muito vaga a informação que se tem dos Reis, ao longo do tempo, a cada um foram dadas características: Belchior seria o representante da raça branca (europeia), Gaspar representaria a raça amarela (asiática) e Baltazar a raça negra (africana).
Não se sabe como é que os Reis Magos associaram o aparecimento da Estrela ao nascimento de Jesus. Apesar do episódio estar envolto de um grande simbolismo, ao longo do tempo, muitas teorias astronómicas surgiram para explicar "cientificamente" o brilho dessa "nova" estrela.
Uma das possibilidade é a de a Estrela de Belém ter sido um cometa não periódico, de grande brilho, que atravessou o "nosso" firmamento. Outra, foi lançada no final do ano de 1572 pelo astrónomo dinamarquês Tycho-Brahe que "descobriu uma estrela muito brilhante na constelação de Cassiopeia. Na verdade o seu brilho era tanto que o novo astro pode ser visto mesmo à luz do dia, durante 20 meses. Mais tarde o fenómeno seria baptizado de supernova, denominação usada em astronomia para designar as estrelas que explodem, aumentando assustadoramente o brilho e depois desaparecem". Muitas outras teorias existem, esfumam-se no tempo e na necessidade de tudo explicarmos à luz da ciência.
Deixemos que flua a fantasia que foi de ouro, mirra e incenso e que agora é uma data, um bolo colorido de frutas e amêndoas torradas. Mas que seja alguma coisa.


 

Pedra do Homem, 2007



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