Não há dúvida, a Portuguesa é a mais bonita.
Goste-se ou não de futebol, só ele para trazer de forma massiva as cores e a diferença de cada bandeira para a rua. Essa diferença significa o que nos une e o que nos separa. Cada bandeira simboliza uma força que dificilmente pode ser escrita, mas que é sentida por todos como uma referência, como o assumir tácito de uma História. Desta vez sem a arrogância e a vaidade que, muitas vezes, noutros tempos, ela nos foi imposta. Agora que seja por um jogo, por um espectáculo de futebol, por uma nova guerra em campo verde.
Precisamos disto, desta fácil oportunidade de nos orgulharmos do que hoje pode ainda significar esta bandeira, este Portugal. Precisamos desta outra ou destorcida forma de sofrer e acreditar. Precisamos de sentir este leve mas forte sentimento de pertença. Portugal precisa urgentemente de um desígnio. E o político que perceber a História dos portugueses e os portugueses na História e souber transmitir essa ideia, conseguirá talvez mais largos passos para este país.
O futebol leva o país à frente, para a frente. Não porque as pessoas só pensem em futebol, mas porque é hoje dos poucos "espectáculos" ou momentos em que temos a oportunidade de sentir que estamos em uníssono por alguma coisa.
Por outro lado, e mesmo aqueles que pouco sabem ou queiram saber da História deste e de outros países, quando chega o "Mundial" ou o "Europeu" vêm ao de cima as preferências. Porque preferimos, por exemplo, a Inglaterra à França? As preferências também revelam esse sentimento de pertença, de identidade e a ligação com a História que não sabemos que sabemos.
Força Portugal e que vençamos amanhã!


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats