Nova Iorque foi durante algum tempo uma ideia-imagem que me atraía. Era um olhar de crianças antigas e do suposto, ultrapassado e já inexistente "Novo Mundo". Esse, de resto, Velho Mundo que às vezes ainda procuramos aconteceu há tanto tempo que já nem passa de moda.
Hoje sei que aquela ideia já está fora de tempo e do espaço. Resiste somente nos livros que estão para além desses limites.

O Novo Mundo é hoje outra coisa. A intervenção humana no que é hoje o Novo Mundo, ou seja o futuro próximo, é completamente diferente. O Novo Mundo parece-me um grande puzzle iluminado, uma grande máquina que trabalha por si. Uma conformidade matemática.
Então o que nos deslumbra nas grandes cidades? A diversidade? Uma ideia de protecção e liberdade? O anonimato? A ilusão e a beleza que poderá sair da máquina?


 

Pedra do Homem, 2007



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