Graças ao presidente da Assembleia Municipal de Sines, Francisco do Ó Pacheco, foi posto à discussão dos deputados a situação do Centro Cultural Emmerico Nunes e a intenção de demolição do Mercado Municipal por parte da Autarquia.
Nesta Assembleia Extraordinária bem se viu a postura autista dos que professam uma ideia e a arrastam até à contradição, dos que se julgam supra e têm sempre razão, dos que olham para a população que discorda como os filhos ingratos que ousam a traição, dos que têm a vaidade de um poder antigo e se sentam há anos nos mesmos lugares e acreditam serem insubstituíveis. Não esqueçam, porém, que a não militância não dá apenas uma diferente liberdade dá também outros sentidos à responsabilidade. São afinal poucos os que querem o vosso poder. São muito poucos porque a forma como alguns políticos fazem a Política é pobre e pequena. Porque está minada de medo e de irreais perseguições antigas, minada de intolerância. Quantos de vós, políticos, é capaz de ter um amigo que vos confronte com ideias contrárias? Quantos de vós é capaz de ouvir essa ideia sem a entender como uma ofensa pessoal?
Na Assembleia Municipal foram ditas barbaridades e diálogos que nos envergonham e, acreditem, desiludem e muito a população. A população quer ser devidamente informada. Mas a população sabe de o estranho “poder” do homem comum. O poder que nasce da vida que não sobressai, da distinção particular de uma vida de trabalho. O poder que saí de um Não ou de um Sim desse homem comum é forte, é um poder que todos os políticos temem.
Exige-se respeito e verdade. Exige-se tolerância e bom senso.
O Município é da População!!


 

Pedra do Homem, 2007



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