Pois é. As eleições para Lisboa realizam-se em 15 de Julho e não na data escolhida pela senhora Governadora Civil de Lisboa. Desta forma ela poderá, na sua condição de cidadã, participar num maior número de acções de campanha do seu candidato natural, António Costa.
Pelo meio ficámos a saber, pelo próprio, que Carmona não ia a votos sobretudo pela ditadura do pouco tempo disponível. Uma sondagem do DN dava conta que a maioria dos vereadores da Câmara de Lisboa seria eleita por Carmona Rodrigues e por Helena Roseta e que António Costa conquistando a presidência seria largamente minoritário no executivo. Na Assembleia Municipal é o que se sabe.
E agora? Bom, a questão é a de saber se Carmona regressa à liça ou não? Se regressar terá uma palavra a dizer na distribuição dos votos. Parece que os lisboetas não o penalizam tanto quanto ao PSD. Nesse cenário aquilo que escrevi sobre a futura composição da câmara da capital mantêm-se. Mas julgo que Carmona não regressa. Além das questões dos prazos terá pesado na sua decisão o interesse do partido com que sempre colaborou e a quem deve a sua "carreira" política. Se avançar fica por sua conta e risco e, daqui a dois anos, dará por encerrada a sua carreira política. Desistindo fica disponível para um lugar importante no Governo ou na Administração Pública. Carmona sabe que o PSD, inevitavelmente, será Governo.
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