O ministro, referenciado em epígrafe, é aquele cujo tom de voz mais se aproxima do de José Sócrates. Julgo mesmo que será o português que melhor imita o primeiro-ministro, mesmo melhor que Ricardo Pereira dos Gatos Fedorentos, o que não é mérito pequeno.
Silva Pereira, para simplificar, disse duas coisas (in)dignas de registo: "O que Rui Pereira fez foi também dar provas de grande disponibilidade para o serviço público. Porque ele tinha pela frente um mandato de nove anos tranquilos. E troca essa segurança por um desafio muito exigente. Poucos o fariam." e "Helena Roseta deixou o PS. É um estilo de estar na política e na vida em geral . O estilo de agredir constante e publicamente os seus companheiros políticos e estar disponível no dia seguinte para se tornar adversária dos companheiros da véspera."
Quanto à primeira declaração o ministro não pode estar a falar a sério. Então integrar um orgão com as responsabilidades do TC é sobretudo uma questão de segurança, de segurança pessoal de ter por nove anos o empregozito e o salário garantidos, sem muitas chatices.? Todos percebem que o ministro acha que sim. E já agora depois do Governo cair o PS fica impedido de na primeira oportunidade voltar a propor o dr. Rui Pereira para o TC? Todos sabem que não.
Quanto às declarações sobre Roseta elas não surpreendem: Quem olha para o ministro nunca vê o dr. Pedro Silva Pereira: vê sempre o mais fiel seguidor de José Sócrates. "Vê um estilo de estar na política e na vida em geral. O estilo de estar sempre de acordo de forma pública e notória com tudo o que façam os companheiros políticos e estar disponível no dia seguinte para se tornar adversário dos companheiros que ousaram pensar de maneira diferente." Com uma pequena precisão: no caso do ministro a palavra "companheiros" quer dizer"José Sócrates".
O ministro Silva Pereira fala e Roseta agradece.


 

Pedra do Homem, 2007



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