No Expresso escreve-se que "Durão Barroso deu por encerrado o caso do seu envolvimento no financiamento ilegal do PSD" após algumas diligências que por cá costumam funcionar como a pedra tumular que se coloca depois do sujeito estar morto e enterrado. Mas, tratando-se da Europa, o caso promete piar mais fino. Barroso que se cuide. O Parlamento Europeu vai dar-lhe trabalho neste caso que Marques Mendes já esclareceu "não ser do seu tempo", ele que já anda na política desde o tempo em que a Somague ainda não financiava partidos políticos, imagine-se.
Por cá o silêncio é a regra. O PS nada diz sobre o assunto. Tem outras preocupações: a presidência europeia, o controlo do défice, bla,bla, bla.
Afinal a Somague era apontada como a empresa do regime desde o meio da década de noventa e o melhor é deixar as coisas como estão. Quem puder dizer que desta água nunca bebeu que lance a primeira pedra. Não se lançam pedras neste reino sobre as honoráveis empresas que estão tão intimamente fundidas com o poder, tão comprometidas com Portugal, incubadoras de quadros notáveis que dão ao país os seus inestimáveis conhecimentos a preços da uva mijona e que voltam, exauridos do trabalho e da responsabilidade, para serem recompensados pelas empresas que tinham abandonado, que as finanças públicas não aguentam.
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