Hoje no suplemento de Economia do público Stiglitz - um economista aqui muitas vezes referido - escreve um excelente artigo no qul esclarece as responsabilidades na crise financeira que abala a América. Cito(artigo infelizmente indisponível online para não assinantes) :
"(..) Tudo começou com a recessão de 2001. Com o apoio do presidente da Reserva Federal Alan Greenspan, o Presidente George W.Bush avançou com uma redução nos impostos concebida de molde a beneficiar os americanos mais ricos mas não adequada a que a economia saísse da recessão que se seguiu ao colapso da bolha da Internet.(...) A economia cresceu, [ em resultado da baixa das taxas de juro] mas cresceu principalmente porque as famílias norte-americanas foram persuadidas a pedir mais crédito, refinanciando as suas hipotecas e acelerando alguns dos lucros. E enquanto o preço das habitações subiram em resultadode taxas de juro mais baixas , os americanos foram podendo ignorar o seu endividamento crescente. Na verdade, nem mesmo isso estimulou suficientemente a economia. Para que mais pessoas pedissem mais dinheiro emprestrado, os padrões de crédito baixaram, sustentando o crescimento das chamadas hipotecas "sub-prime".(...)A bolha dos preços da habitação acabou por rebentar e, com os preços a descer, houve quem descobrise que as suas hipotecas eram agora muito mais altas do que o valor das casas. Outros descobrirm que , à medida que as taxas de juro subiam, iam deixando de poder efectuar os seus pagamentos.(...) Segundo alguns cálculos, mais de dois terços do aumento de produção e do emprego dos últimos seis anos estão relacionados com o sector imobiliário, reflectindo quer novas habitaçoes e empréstimos contra hipotecas das suas casas para fazer face a uma orgia de consumo. A "bolha" do imobiliário induziu os americanos a viver acima das suas posses e nos últimos anos a poupança líquida têm sido negativas.(...) Existe um velho ditado sobre como os erros que as pessoas cometem perduram bem para lá do seu desparecimento. Isso é bem verdade no caso de Greenspan. No caso de Bush, começamos a temer as consequências mesmo antes de ele se ir embora."
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