Patinha Antão, o economista muitas vezes de serviço em defesa dos pontos de vista do PSD, desenvolve na SIC Notícias uma linha de raciocínio, se é que se pode assim chamar, sobre a crise no BCP. Tal como já fizera Manuela Ferreira Leite, no Expresso, a crise é salientada apenas pelo lado da omissão das entidades de regulação ou pela intromissão do Governo e do partido que o suporta. Sobre os accionistas e os gestores e as suas actuações o PSD diz ...nada. Esta omissão ou melhor esta inversão da ordem e da importância dos ilícitos, levou o ministro Teixeira dos Santos a sair-se com uma imagem muito bem tirada. Disse, em resumo, o ministro, que o PSD propõe um novo padrão de comportamento em que em caso de roubo não nos preocupemos com os ladrões mas apenas com o comportamento dos polícias.
A explicação reside talvez na familiariedade que o PSD tem com os primeiros e com o facto de talvez os seus dirigentes saberem há muito destes "comportamentos". Recorde-se que no período sob investigação o PSD foi Governo e que o BCP além de ser considerado o banco da Opus Dei foi sempre um banco amigável para figuras, importantes ou a necesitarem de reforma, do PSD.
Etiquetas: Política. Negócios