Mário Soares no seu artigo de opinião no Público(*) reflecte sobre as intervenções públicas de Garcia Leandro e de Marinho Pinto. Cito uma parte que acho muito relevante até porque fala sem rodeios dos famigerados PIN: "(...)Trata-se de benesses e de concessão de favores que são "recompensados", depois, por chorudos lugares de gestão nessas mesmas empresas. E de negócios e empreendimentos milionários que implicam favores do Estado e concessões das autarquias, que se sobre põem às regras públicas do ordenamento do território com o pretexto de potencial interesse nacional (PIN)(...).
Este parágrafo vale o artigo. Mesmo que discordemos das origens do "mal", tal como diagnosticado por Soares, este reconhecimento de que existem benesses e concessões concedidos pelo Estado e que são recompensados por chorudos lugares e de que há empreendimentos que se sobrepõem às regras públicas de ordenamento do território a pretexto dos PIN são por si só razão sificiente para lermos o artigo.
(*) - o artigo é no DN mas a força do hábito ditou a sua lei.

PS - Creio que Mário Soares não presta a devida homenagem ao bastonário colocando-o no mesmo plano do General. Isto atendendo apenas às declarações de cada um.


 

Pedra do Homem, 2007



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