"O vento mudou" era o título de uma canção que representou Portugal no Festival da Eurovisão, algures quando Salazar ainda não tinha caído da cadeira. O cantor era Eduardo Nascimento, um angolano que prometia ser o Eusébio das canções. Há quem diga que a escolha do bom do Eduardo, cujos atributos vocais não o recomendariam para a função, taduzia uma opção política do regime que não era estranha à necessidade de dar uma boa imagem à criticada política colonial.
Vem isto a propósito de uma conversa de fim de tarde com um amigo atacado por problemas respiratórios e que me chamou a atenção para o seguinte: os ventos dominantes em Sines, que são por esta altura do ano normalmente do quadrante noroeste, sopram desde há semanas consecutivas do quadrante Leste(*). Esta situação provoca o bombardeamento - não me ocorre melhor expressão - da cidade com a poluição das empresas da plataforma industrial, com as nuvens que saiem das chaminés -com destaque para a Petrogal - a dirigirem-se ameaçadoramente para cima de todos nós. O resultado podemos senti-lo no cheiro pestilento do ar ou nas dificuldades respiratórias que alguns sentem sobretudo os mais idosos e as crianças.
Bom, desta vez já se sabe quem é o responsável desta situação: o vento. Sem autorização para mudar, mudou, prejudicando dessa forma a boa imagem das empresas poluidoras e comprometendo o esforço que fazem para divulgar essa boa imagem.
Vem isto a propósito de uma conversa de fim de tarde com um amigo atacado por problemas respiratórios e que me chamou a atenção para o seguinte: os ventos dominantes em Sines, que são por esta altura do ano normalmente do quadrante noroeste, sopram desde há semanas consecutivas do quadrante Leste(*). Esta situação provoca o bombardeamento - não me ocorre melhor expressão - da cidade com a poluição das empresas da plataforma industrial, com as nuvens que saiem das chaminés -com destaque para a Petrogal - a dirigirem-se ameaçadoramente para cima de todos nós. O resultado podemos senti-lo no cheiro pestilento do ar ou nas dificuldades respiratórias que alguns sentem sobretudo os mais idosos e as crianças.
Bom, desta vez já se sabe quem é o responsável desta situação: o vento. Sem autorização para mudar, mudou, prejudicando dessa forma a boa imagem das empresas poluidoras e comprometendo o esforço que fazem para divulgar essa boa imagem.
(*) - havia aqui um erro, para o qual fui alertado por um amigo que se propôs oferecer-me uma rosa dos ventos. Numa crise de subjectivismo coloquei os ventos a soprarem de Sines para cima das fábricas, confundindo a realidade com os meus desejos. Quem nos dera.
Etiquetas: Poluição.Saúde Pública.