O negócio feito pela câmara de Sesimbra com o grupo Espírito Santo - via Pelicano - para urbanizar a mata de Sesimbra terá levado a PJ á autarquia.
Este negócio multi-bilionário para o grupo ES tem sido publicitado a propósito do seu carácter "hiper ecológico e sustentável". Este negócio foi gerido do lado da autarquia em primeiro lugar por uma maioria CDU, depois foi "competentemente" prosseguido por uma maioria PS e está agora a ser concluído por uma maioria CDU, sempre com um fio condutor: salvaguardar os interesses dos investidores privados. Nestas questões do imobiliário a única ideologia é afinal a ideologia da defesa dos interesses dos privados. Da visita da PJ não se poderá esperar grande coisa já que o negócio da mudança de uso de rústico para urbano e a geração de mais-valias urbanísiticas fabulosas a ela associadas inteiramente capturadas pelos privados, tem cobertura legal nas omissões da legislação urbanística.
Trata-se no entanto de uma pequena recompensa para aqueles que enquanto cidadãos* lutam e resistem ao saque do território pelos filhos dilectos da democracia: os herdeiros do Estado.
* - refiro-me a todos os que têm contribuido para discutir esta questão e impedir mais este meganegócio de captura das mais-valias urbanísticas geradas por uma administração pública capturada pelos interesses dos grandes grupos económicos, mas quero destacar o professor Adelino Fortunato e o engº Eduardo Pereira (destacado dirigente socialista durante décadas e ex-ministro da república), pelo seu papel destacado nesta luta.


 

Pedra do Homem, 2007



View My Stats