Os anunciados investimentos da GALP em Sines - e em menor grau em Matosinhos - decorrem sob o signo dos 150. São 150 milhões de euros a comparticipação de todos nós, através do Estado, materializados em benefícios fiscais até ao montante de 15% do investimento. (Mais exactamente serão 159 milhões de euros de comparticipações). São 150 os postos de trabalho criados a fazer fé no comunicado do Concelho de Ministros. "(...)O investimento, que ascende a um montante total de cerca de 1059 milhões de euros, envolve a criação de 150 postos de trabalho(...)" Claro que depois vem o discurso da manutenção dos existentes e das dezenas de milhares de postos de trabalho indirectos criados. Mas a verdade é que todos nós vamos financiar com um milhão de euros cada um dos 150 postos de trabalho criados pela empresa. A comparticipação da empresa no GISA (Gestão Integrada da Saúde e do Ambiente no Litoral Alentejano) recorde-se, é de 150 mil euros, mil vezes menos do que aquilo que recebe de todos nós. Devemos todos fazer coro com o nosso autarca, tão agradecido com empresa tão magnânima?
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