Depois do professor Marcelo e da recusa de Rio "o desejado" fica a drª Manuela Ferreira Leite. Uma solução que permitirá evitar as veleidades de Menezes em recandidatar-se e que tornará a contagem de espingardas de Santana Lopes uma mera rotina. Os outros que já anunciaram as suas candidaturas tornam-se irrelevantes e, na melhor das hipóteses, marcarão posições para guerras futuras, como é o caso de Pedro Passos Coelho.
Para Sócrates o pior da dona Manuela é, além da sua credibilidade pessoal e política, a unidade que ela pode gerar à sua volta com os barrosistas e os cavaquistas a apoiá-la. Um PSD mais forte é um problema para a maioria absoluta futura, já que tem sido à direita que o PS tem crescido. O PS tem feito o papel que o PSD não foi capaz de executar: reformar e emagrecer o Estado Social, cortar nos serviços públicos acentuando a clivagem entre o interior e o litoral, hostilizar o factor trabalho, sobretudo na Educação e na Administração Pública, precarizar as relações laborais, acentuar a clivagem entre os mais ricos e os mais pobres.
O melhor para Sócrates é a sua imagem austera, de que o país se fartou quando da sua passagem pelo Governo, a sua insensibilidade para com os mais desprotegidos e o facto de ter sido cúmplice de um descalabro orçamental que não tem comparação na história da democracia. Combatido, esse défice, sobretudo com o recurso a receitas extraordinárias, o que não abona muito em favor dos seus méritos. Talvez que com esta opositora Sócrates se possa dar ares de esquerda.
Mas as coisas vão mudar e sobretudo o "indíviduo" Ribau, na feliz designação de VPV, sai de cena devolvido a Ílhavo depois de ter papado um almocito no PABE sem direito a fotografia no Expresso, uma coisa que não está ao alcance de todos.


 

Pedra do Homem, 2007



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